segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Neste Outono


Neste Outono
                                                  
Neste Outono nada tenho para colher,
Porque invadiste o meu corpo vazio
Sem lhe tocar,
Navegas-te no meu íntimo
Confundindo o que eu julgava saber,
Cobriste minha alma com um amor,
Que não era para mim.

Neste Outono nada tenho para colher,
Cultivei apenas uma doce alucinação,
Mergulhei na intensidade do teu desejo,
Entrei num espaço que não era o meu.

Neste Outono sinto a chuva
Igual a todos os outros anos,
E a tua ausência também.

Mikas

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

E livro de elogios??

Desde que abriu cá o centro comercial que gosto muito de frequentar a loja de roupa interior, Women`secrets, gostei dos padrões e das cores.
Tenho ido lá algumas vezes e tenho recebido um atendimento normal a razoável, da última vez não foi nada satisfatório, tendo em conta que o que eu procurava estava num emaranhado de cuecas e soutiens e as meninas que penduram material nunca se aproximaram de mim a perguntar se precisava de ajuda, resultado acabei por desistir e sair do espaço sem comprar nada.


Hoje entrei lá, havia só uma menina na loja, mas atendeu-me na maior simplicidade e simpatia, assim como também conseguiu atender um casal que lá estava na maior delicadeza.

Enquanto fazia o pagamento disse-lhe mesmo que nunca tinha sido atendida assim na loja, e apeteceu-me perguntar se havia algum livro de elogios, não o fiz para não parecer bajulação a mais, até porque o único livro que conheço é o livro de RECLAMAÇÕES, o livro que pode ter vindo nas melhores intenções, para proteger o cliente, e até pode estar a contribuir para um melhor serviço, mas a meu ver também está a servir para uma maior exigência e falta de tolerância exagerada, onde qualquer coisinha é motivo de reclamação, agora toda a gente tem poderes e direitos, quanto à razão tenho as minhas suspeitas.

Reclamar todos sabem fazer, e elogiar????

sábado, 9 de outubro de 2010

O vento


Quem pode enteder o vento?
Saber-lhe o movimento
Não Basta que voo lhe vai na alma?
Força que não se desgasta

Que sabemos nós do vento

Se o tocamos apenas um momento
Se ele não se deixa ficar

Como podemos sonhar liberdade
Se ouvimos o vento
Sem o escutar

Se um dia vires o vento
Se lhe deslumbrares o olhar
Mortal que és
Serás gota de chuva, lágrima
Levada por ele ao mar


In Depois do poema, Jorge du Val